Oswaldo Payá foi morto "pelos serviços secretos" cubanos

O dissidente cubano Oswaldo Payá, que morreu em julho de 2012 num acidente de carro em Cuba, foi morto pelos serviços secretos do seu país, afirmou o espanhol Ángel Carromero, que conduzia o veículo, numa entrevista ao jornal 'El Mundo'.
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"Os serviços secretos cubanos assassinaram Oswaldo Paya", disse Carromero na entrevista. O vice-secretário do movimento da juventude do Partido Popular, de 27 anos, foi condenado em outubro de 2012 a quatro anos de prisão por homicídio voluntário. Foi extraditado em dezembro para Espanha, onde cumpre a pena em regime de semi-liberdade.

Segundo Carromero, a versão oficial de que houve excesso de velocidade é "um alibi perfeito para esconder a morte do único opositor que poderia liderar a transição em Cuba". Na entrevista ao 'El Mundo' assegurou: "Tenho a certeza que Paya saiu vivo do acidente. Os enfermeiros e um padre asseguraram-se que tínhamos os quatro sido transferidos para o hospital".

No acidente, além de Paya, de 60 anos, seguia outro dissidente cubano, Harold Cepero, que também morreu. Um quarto ocupante do veículo, o sueco Aron Modig, presidente da juventude cristã-democrata do seu país, assegurou estar a dormir na altura do acidente, que ocorreu perto de Bayamo.

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